Sêo Dotô, Sêo Dotô!

Sêo Dotô, Sêo Dotô!
Zé Pelintra chegou.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Umbanda e Quaresma



Autor: Lara Lannes
Equipe Genuína Umbanda 

Falar de Umbanda e Quaresma é um tema instigante e polêmico na medida em que a Quaresma, em si, não é ritual que faça parte de nossa religião. No entanto, em virtude do sincretismo religioso, muitas casas umbandistas adotam esse período como época de fechar a Casa e suspender o atendimento de consulentes e prática da caridade.

Esse fator histórico teve origem durante o Brasil Colonial, quando os senhores de engenho e de escravos tendo como base suas crenças na Igreja Apostólica Romana, durante a quaresma adotavam a prática de cobrir suas imagens e fechar suas Igrejas, entrando em introspecção pelo período representativo da caminhada de Jesus pelo deserto.

Pelo fato dos escravos serem obrigados a esconder seu culto aos Orixás através do sincretismo, convencionou-se que durante a quaresma como não havia culto aos santos católicos, também não havia culto aos Orixás, passando com o tempo a Umbanda a incorporar essa tradição, baseando algumas casas a explicação no fato de que durante a quaresma os espíritos de luz e entidades de Umbanda afastam-se do plano Terra, razão pela qual as casas umbandistas ficariam impossibilitadas de praticarem a caridade.

Era assim que os Terreiros fechavam na gira que precede o Carnaval, cruzando seus filhos com pemba e com cinza, a fim de proteger a todos dos fluidos negativos e espíritos inferiores que circulavam pelo ambiente astral do planeta, só reabrindo na Sexta-Feira Santa com a cerimônia do amaci e batismo. Fechava-se o Congá com cortinas, e cobriam-se as imagens com panos brancos ou roxos, conforme a tradição católica.

A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecede a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV. Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

As celebrações da quaresma têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da Semana Santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento. Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e, portanto, o resgate dos pecadores. Depois, vem a celebração da Sexta-feira da Paixão, também conhecida como sexta-feira santa, que celebra a morte do Senhor, às 15 horas. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus. No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.

Essa é a seqüência de atos perpetrados pela Religião Católica nos rituais que envolvem a quaresma e a Páscoa. Dessa forma, por mais que esses hábitos estejam arraigados em nossa cultura, devemos ter em mente que essas práticas são católicas, não pertencendo à Umbanda.

Para nós umbandistas o que importa é que nossa casa deve estar aberta para atendimento àqueles que necessitam do socorro espiritual de nossos guias e entidades. Pelo fato de ter se convencionado que a quaresma é um período onde as entidades superiores não trabalham, acaba sendo criado um ambiente propício à instalação de energias deletérias e nocivas, próprias de espíritos atrasados espiritualmente. É por força, portanto dessa mentalização e crendice popular que necessitamos da proteção, amparo e esclarecimento das entidades que nos guardam e às nossas casas umbandistas. Não pode haver pausa no socorro espiritual, uma vez que aqueles que praticam o uso de energias negativas não tiram férias.

Temos que compreender, aprender e praticar melhor nossa religiosidade, sem nos deixarmos influenciar pela religiosidade e costumes religioso de outras religiões.

A tradição de se fechar os Templos de Umbanda quando não havia liberdade de crença, não tem razão de ser no mundo atual. Muito ao contrário, é nessa época que NÃO DEVEMOS PARAR, é nessa época em que a quimbanda maligna trabalha à vontade, que o Templo deve estar preparado para, com o auxílio das Entidades de Luz, denunciar qualquer trabalho negativo que tenha sido feito para atrapalhar seus Filhos de Fé ou freqüentadores. Atualmente, interromper os trabalhos do Templo na Quaresma é descabido, é ingenuidade, é desconhecer que os inimigos trabalham nas trevas e que, se não temos o Preto-Velho, o Caboclo ou qualquer entidade que possa nos avisar do mau feito, estaremos desprotegidos, descobertos, ou seja, nas mãos dos inimigos. É preciso URGENTEMENTE esclarecer que a Quaresma não é Afro, é hebraico-europeia, e que já não é preciso se esconder de ninguém, pois nossa Constituição nos assegura o direito à liberdade de crença e os padres já não podem mais nos queimar nas fogueiras da inquisição. Por isso, vamos abrir nossos Templos de Umbanda na Quaresma e cuidar com amor dos nossos Filhos de Fé. (Babalaô Ronaldo Antônio Linares - Federação Umbandista do Grande ABC)”

Axé

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mesa Branca na Umbanda




MESA BRANCA



Mesa Branca é a prática da mediunidade espiritualista com base nos ensinamentos de Jesus e desenvolvida a partir das orientações de um ou mais guias espirituais (espíritos ou entidades que cuidam dos trabalhos da casa). Apesar de estar presente em alguns cultos religiosos sob o nome de "Umbanda de Mesa" e "Sessão Astral", a Mesa Branca é praticada de forma independente e normalmente não está ligada diretamente a qualquer religião.


A "mesa" em si é um objeto indispensável nas sessões uma vez que serve de apoio e contato material para os trabalhos de um modo em geral. É, em volta da "mesa", que os médiuns se reúnem para uma sessão; é a partir dela que é realizado um estudo, uma preleção, uma consulta ou uma comunicação mediúnica; é através dela, ainda, que os médiuns realizam seus trabalhos e é sobre ela que são colocadas as oferendas; é, enfim, por meio de uma mesa, que se faz o desenvolvimento e a aplicação da mediunidade espiritualista dentre os seus adeptos.


A prática de reuniões frívolas e trabalhos malfazejos que alguns realizaram no passado através do mediunismo de mesa, foi um dos motivos pelo qual se adotou largamente "a cor branca" para diferenciar e demonstrar a boa natureza das sessões promovidas pela casa. A cor branca, segundo a cromoterapia, indica claridade, pureza e iluminação; representa a inocência, a verdade e a integridade do mundo; simboliza o caminho e o esforço em direção à perfeição. É indicada para cura em geral, purificação e abertura à luz. Daí segue o motivo do nome: "mesa branca".



MESA BRANCA E ESPIRITISMO


Existe uma confusão muito grande em relação a Mesa Branca e o Espiritismo e isso talvez seja motivado pela semelhança que existe em alguns pontos, como por exemplo a comunicação mediúnica com os espíritos e a crença na reencarnação. O Espiritismo é uma doutrina científica e filosófica codificada em 1857 por Allan Kardec.


A Mesa Branca, por sua vez, é uma doutrina essencialmente religiosa, desenvolvida a partir das práticas mediúnicas do chamado moderno espiritualismo, não tem regras como no Espiritismo, as quais não permitem que seus adeptos estudem ou apliquem procedimentos que não constam em sua codificação. A Mesa Branca é uma prática livre que adota ensinos e procedimentos de outros seguimentos religiosos segundo as orientações dos seus guias. A Mesa Branca é o produto aprimorado daquilo que se conhecia por mediunismo de mesa, cuja raízes surgiram muito antes de Kardec, que até então era conhecida por "telegrafia espiritual", e depois, por "mesa girante" ou "mesa falante", foi a responsável por chamar a atenção de Kardec e outros pesquisadores para o fato das manifestações dos espíritos ocorrerem a partir das mesas.



O QUE A MESA BRANCA ACEITA E O ESPIRITISMO NÃO


Algumas diferenças básicas entre um e outro:


1º LIVRE PENSAMENTO e MEDIUNIDADE ABERTA. Em termos de ensino filosófico e prática mediúnica, a Mesa Branca aceita tudo o que os seus guias revelam nas sessões e as mantém como verdades e úteis a instrução de seus adeptos até que se prove o contrário pela experiência prática. O Espiritismo não, uma vez que está preso unicamente aos assuntos de sua codificação, regras estas bem definidas e das quais não se pode afastar.


2º ENERGIA dos ELEMENTOS: A Mesa Branca crê e trabalha abertamente com as energias vibratórias dos quatro elementos (Terra, Ar, Fogo e Água). O Espiritismo não.


3º ENERGIA dos NÚMEROS e das CORES: A Mesa Branca crê e trabalha abertamente com a vibração dos números (numerologia) e das cores (cromoterapia) . O Espiritismo não.


4º ENERGIA das OFERENDAS. A Mesa Branca crê e trabalha com a faixa vibratória produzida pelas oferendas. O Espiritismo não.


5º INFLUÊNCIA dos ASTROS. A Mesa Branca crê e trabalha com a faixa vibratória produzida pelos Astros (Astrologia) . O Espiritismo não.


6º IMAGENS, VELAS, CRISTAIS e INCENSOS. A Mesa Branca crê e trabalha com a influência das imagens, com a força vibratória produzida pelas velas, com o poder dos cristais e com a harmonização ambiente produzida pelos incensos. O Espiritismo não.



Este texto foi enviado por Ju-mensageira(Autor Desconhecido)


Texto postado por Alex de Oxossi no grupo Povo de Aruanda
 
Axé

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O SAL GROSSO...

O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes.
Povos distintos usam o sal para combater o mau-olhado, e deixar a casa a salvo de energias nefastas.
O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas.
Ele tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos
Visto ao microscópio o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados.

As energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa, por isso, colocar um copo de água com sal grosso ou sal de cozinha equilibra essas forças e deixa a casa mais leve. Para uma sala média onde não circula muita gente, um copo de água com sal em dois cantos é suficiente. Em dois ou três dias, já se percebe a diferença. Quando se formam bolhas é hora de renovar a salmoura.

A solução de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera, e reequilibrar a energia dos ambientes. Principalmente em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação.

A prática simples de purificação com água e sal deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite, no quarto, para que o sono não seja perturbado.

Já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos).
Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas:

Uma pitada de sal sobre os ombros afasta a inveja.

Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis, caboclos e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada.

A mistura de sal com água ou álcool absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores entrem na casa.

Depois de uma festa, lavar todos os copos e pratos com sal grosso para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário.

Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são: um copo de água e outro com sal.

Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra.

Também tomam banho com água salgada com ervas para renovar a energia interna e a vontade de viver.

No Japão, o sal é considerado poderoso purificador.
Os japoneses mais tradicionais jogam sal todos os dias na soleira das portas e sempre que uma visita mal vinda vai embora.

Símbolo de lealdade na luta de sumô.
Os campeões jogam sal no ringue para que a luta transcorra com lealdade. Use esse poderoso aliado!

É barato, fácil de encontrar, e pode lhe ajudar em momentos de dificuldade e de esgotamento energético!

Modo de tomar o banho de sal grosso

Após seu banho convencional, deixe um punhado de sal grosso escorrer do pescoço para baixo, embaixo da água da ducha.

Banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em salmoura bem quente) têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo.

Para quem mora longe da praia é um ótimo jeito de relaxar e renovar as energias.

Tomar banho de água salgada com bicarbonato de sódio descarrega as energias ruins e é relaxante.

O famoso banho de assento, com água morna e bicarbonato de sódio, é excelente para a higiene íntima, pois evita infecções.

Mas no banho, o único cuidado é não molhar a cabeça, pois é aí que mora o nosso espírito e ele não deve ser neutralizado.
Uma opção que agrada muitas pessoas é colocar um punhado de sal dentro de uma meia, e repousar esta na nuca (atrás do pescoço) debaixo da ducha.
Não são aconselháveis banhos frequentes com o sal.
Dê preferência para os banhos na fase da Lua Cheia, utilize velas no banheiro, e se quiser ativar sua intuição, apague as luzes do banheiro.

Benefícios de banhos e escalda pé com sal grosso. •

Fisiológicos:
Ajuda a desintoxicar o corpo e afastar os vírus.
Estimula a circulação natural para a melhoria da saúde
Ajuda a aliviar o pé do atleta, calos e calosidades.
Relaxa a tensão, dores musculares e nas articulações.
Ajuda a aliviar artrite e reumatismo
Ajuda a aliviar a dor lombar crônica

Benefícios estéticos:
Tira as impurezas da pele
Alivia irritações da pele como psoríase /eczema.
Alivia comichão, ardor e picadas.
Suaviza e amacia a pele• Incentiva a pele se renovar.
Ajuda a curar as cicatrizes.
Restaura o equilíbrio a umidade da pele.

Ocupacional:
Alivia o cansaço, os pés doloridos e os músculos da perna
Alivia a tensão nas mãos e punhos.
Ajuda a aliviar lesões ocorridas nas práticas esportivas.

Psicofísica:
Proporciona um relaxamento profundo
Ajuda a aliviar o estresse e tensão.


Axé

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Lendas de Oxossi



Oxóssi aprende com Ogun a arte da caça.

Oxóssi é irmão de Ogun. Ogun tem pelo irmão um afeto especial. Num dia em que voltava da batalha, Ogun encontrou o irmão temeroso e sem reação, cercado de inimigos que já tinham destruído quase toda a aldeia e que estavam prestes a atingir sua família e tomar suas terras. Ogun vinha cansado de outra guerra, mas ficou irado e sedento de vingança. Procurou dentro de si mais forças para continuar lutando e partiu na direção dos inimigos. Com sua espada de ferro pelejou até o amanhecer.

Quando por fim venceu os invasores, sentou-se com o irmão e o tranqüilizou com sua proteção. Sempre que houvesse necessidade ele iria até seu encontro para auxiliá-lo. Ogun então ensinou Oxóssi a caçar, a abrir caminhos pela floresta e matas cerradas. Oxóssi aprendeu com o irmão a nobre arte da caça, sem a qual a vida é muito mais difícil. Ogun ensinou Oxóssi a defender-se por si próprio e ensinou Oxóssi a cuidar da sua gente. Agora Ogun podia voltar tranquilo para a guerra. Ogun fez de Oxóssi o provedor.


Oxóssi é o irmão de Ogun.

Ogun é o grande guerreiro.
Oxóssi é o grande caçador
Oxóssi mata a mãe com uma flechada.
Olodumare chamou Orunmilá e o incumbiu de trazer-lhe uma codorna. Orunmilá explicou-lhe as dificuldades de se caçar codorna e rogou-lhe que lhe desse outra missão. Contrariado, Olodumare foi reticente na resposta e Orunmilá partiu mundo afora a fim de saciar a vontade do seu Senhor. Orunmilá embrenhou-se em todos os cantos da Terra. Passou por muitas dificuldades, andou por povos distantes. Muitas vezes foi motivo de deboche e negativas acerca do que pretendia conseguir. Já desistindo do intento e resignado a receber de Olodumare o castigo que por certo merecia, Orunmilá se pôs no caminho de volta. Estava ansado e decepcionado consigo mesmo.

Entrou por um atalho e ouviu o som de cânticos. A cada passo, Orunmilá sentia suas forças se renovando. Sentia que algo de novo ocorreria. Chegou a um povoado onde os tambores tocavam louvores a Xangô, Iemanjá, Oxum e Obatalá. No meio da roda, bailava uma linda rainha. Era Oxum, que acompanhava com sua dança toda aquela celebração. Bailando a seu lado estava um jovem corpulento e viril. Era Oxóssi, o grande caçador.

Orunmilá apresentou-se e disse da sua vontade de falar com aquele caçador. Todos se curvaram perante sua autoridade e trataram de trazer Oxóssi à sua presença. O velho adivinho dirigiu-se a Oxóssi e disse que Olodumare o havia encarregado de conseguir uma codorna. Seria esta, agora, a missão de Oxóssi. Oxóssi ficou lisonjeado com a honrosa tarefa e prometeu trazer a caça na manhã seguinte. Assim ficou combinado.

Na manhã seguinte, Orunmilá se dirigiu à casa de Oxóssi. Para sua surpresa, o caçador apareceu na porta irado e assustado, dizendo que lhe haviam roubado a caça. Oxóssi, desorientado, perguntou à sua mãe sobre a codorna, e ela respondeu com ares de desprezo, dizendo que não estava interessada naquilo. Orunmilá exigiu que Oxóssi lhe trouxesse outra codorna, senão não receberia o Axé de Olodumare. Oxóssi caçou outra codorna, guardando-a no embornal. Procurou Orunmilá e ambos dirigiram-se ao palácio de Olodumare no Orum. Entregaram a codorna ao Senhor do Mundo. Olodumare olhou para Oxóssi e, estendendo seu braço direito, fez dele o rei dos caçadores. Agradecido a Olodumare a agarrado a seu arco, Oxóssi disparou uma flecha ao azar e disse que aquela deveria ser cravada no oração de quem havia roubado a primeira codorna. Oxóssi desceu à Terra. Ao chegar em casa encontrou a mãe morta com uma flecha cravada no peito. Desesperado, pôs-se a gritar e por um bom tempo ficou de joelhos inconformado com seu ato. Negou, dali em diante, o título que recebera de Olodumare.


Oxóssi desobedece Obatalá e não consegue mais caçar.

Havia uma grande fome e faltava comida na Terra. Então Obatalá enviou Oxóssi para que ele aí caçasse e provesse o sustento de todos os que estavam sem comida. Oxóssi caçou tanto, mas tanto, que ficou obsessivo: ele queria matar e destruir tudo o que encontrasse. Obatalá pediu-lhe que parasse de caçar, mas Oxóssi desobedeceu. Oxóssi continuou caçando. Um dia encontrou uma ave branca, um pombo. Sem se importar que os animais brancos são de Obatalá, Oxóssi matou o pombo. Obatalá voltou a pedir que ele não caçasse mais, porém Oxóssi continuou caçando. Uma noite Oxóssi encontrou um veado e atirou nele muitas flechas. Mas as flechas não lhe causavam nenhum dano. Oxóssi aproximou-se mais e flechou a cabeça do animal. Nesse momento, o veado se iluminou. Era Obatalá disfarçado, ali, todo flechado por Oxóssi. Oxóssi não conseguiu caçar nunca mais. Profundo foi seu desgosto.

Oxóssi mata o grande pássaro.

Em tempos distantes, Odùdùwa, Obà de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura.

De repente, um grande pássaro, (èlèye), pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando fardas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as Àjès (feiticeira, portadoras do pássaro), personificando seus poderes atravez de Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes.

O Oba então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas.

Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro.

Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu.

Por fim, já com todos sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha.

Sua mãe Yemonjá, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, vez que três dos melhores caçadores falharam em suas tentativas.

Yemonjá foi consultar Ifá para Òsotokànsosó.

Foi consultar os Bàbálàwo. Eles disseram que faça oferendas. Eles dizem que Yemonjá prepare ekùjébú (grão muito duro) naquele dia. Eles dizem que tenha também um frango òpìpì (frango com

as plumas crespas). Eles dizem que tenha èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira).

Eles dizem que Yemonjá tenha seis kauris. Yemonjá faz então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção. Eles dizem que ofereça em uma estrada, dizem que recite o seguinte: “Que o peito da ave receba esta oferenda”.

Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abria sua guarda recebendo a oferenda ofertada por Yemonjá, recebendo também a flecha serteira e mortal de Òsotokànsosó.

Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: “òsóòsì! òsóòsì!” (caçador do povo).

A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje.Oxossi.


Oxossi mata Oxumarê

Oxossi estava viciado em caçar, Oxossi caçava todo dia e toda noite, oxossi e a aldeia estava em crise de fome, certo dia yemanjá sua mãe pediu para oxossi não caçar na noite seguinte pois na mata estava um orixá encantado, oxossi muito teimoso desobedeceu yemanja e foi caçar na noite seguinte, entrando na mata avistou uma serpente enorme oxossi não pensou duas vezes, ele atirou sua flacha e matou a serpente, contente por ter encontrado uma caça tão prospera levou para sua casa, chegando la oxum sua esposa quando avistou a serpente que oxossi estava trasendo em suas costas, gritou, oxum se desesperou e falou para oxossi que aquela serpente era orixa oxumarê bense dan angorô sagrada, logo a serpente se enroscou em oxossi e engoliu o rei caçador, Oxum desesperada procurou oxala lufã para ressucitar oxossi, oxala atendeu oxum e reviveu oxossi como orixá, o caçador que matou oxumarê, e oxum deu a cidade de ketu para oxossi.


Ossanha prende oxossi na mata

Certo dia oxossi saiu para caçar, yemanjá sua mãe proibiu oxossi de caçar nas profundesas das matas, pois la se escondia um perigo, oxossi teimoso como sempre desopedeceu sua mãe e foi de mata a dentro caçar, logo entre as folhas surge um homen alto bonito e falou que precisava muito de uma companhia pois vivia sozinho na floresta, oxossi se recusou e no dia seguinte oxossi tornou a voltar na mata e avistou o homen das folha novamente e servio a oxossi uma bebida oxossi bebeu e aparti desse momento oxossi começou a viver nas matas e esqueceu de sua mãe e de seu irmão ogum, e começou a morar nas na floresta , yemanja preocupada com o sumisso do filho pediu a ogum procurar oxossi, ogum quando encontrou oxossi viu que o irmão não era mais o mesmo e tinha se acostumado com as matas e falou para yemanja que oxossi foi infeitiçado por Ossanha o orixa das folhas,e até hoje oxossi anda junto com ossanha nas matas, ossanha é as folhas e oxossi a madeira da arvore sempre andam juntos.


Oxum mata oxossi

Oxossi todas as vezes quando ia caçar ele cruzava o rio, oxum a dona do rio era apaixonada por oxossi, mas oxossi não gostava das mulheres da beira do rio, então oxum enfeitiçou as abelhas fabricadoras de mel para atacar oxossi na mata, oxossi foi atacado pelas abelhas de oxum o deixando sego , surdo e mudo para todos menos para oxum que com seu canto foi guiando oxossi desesperado pelas abelhas, ate que oxum pediu no canto que oxossi entrasse no rio e mergulhase pois as abelhas não podiam atacar, então oxossi louco para se livrar das abelhas mergulhou no rio, na hora oxum o segurou e levou oxossi para as profundesas do rio assim oxossi nunca mais voltou para as matas e ficou pertecente a oxum para sempre.


Oxossi se apaixona por oxum e surge Logun

Oxossi todas as vezes que ia caçar aparecia na beira do rio para se refrescar, e todas as vezes Oxum avistava oxossi e adimirava tamanha beleza do caçador, mais oxossi não gostava das mulheres do rio, oxossi gostava das mulheres das matas, oxum perguntou a exu irmão de oxossi como poderia fazer oxossi gostar dela e se apaixonar, exu falou que ela so conseguiria ficar com oxossi se ela tomasse um banho de mel e jogasse folhas em seu corpo, então oxum fez, no dia seguinte quando oxossi se aproximou da beira do rio avistou uma linda mulher das matas, oxossi se encantou então rolou um romace por muito tempo, mais certo dia oxossi percebeu a farsa de oxum então oxossi deixou oxum e foi embora, mais oxum quando avistou oxossi indo embora gritou que estava gravida, oxossi ficou muito feliz e disse que queria ver a criança, então a criança passou a viver 6 meses nos rios com oxum e 6 meses nas matas com oxossi, o nome da criança é logun edé que se tornou o principe dos orixas,a união das matas com os rios, logun edé caçador e pescador, o orixa mais bunito e rico de todos os orixas, união dos oxos com ajes.



Por jeff kusanagi


Axé

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Janeiro Mês de OXOSSI-São Sebastião

Oxóssi na Umbanda é considerado patrono da linha dos caboclos, atuando para o bem-estar físico e espiritual dos seres humanos.

Segundo esta religião, Oxóssi é figura representativa de uma das sete forças principais de Deus: a força da luta, do trabalho, da providência e da afirmação positiva. Assim, para a Umbanda, Oxóssi representa uma das sete forças primordias de Deus, pertencendo ao pólo positivo das energias espirituais, expandindo, irradiando e impelindo os seres para a construção vigorosa de seus destinos, bem como garantindo que os mais fragilizados encontrem doutrinação firme e amorosa, desenvolvendo seu saber religioso e sua fé.

A figura de Oxóssi tem origem na mitologia africana, para a qual seria um antepassado africano divinizado, filho deYemanjá, irmão de Omulu-Obaluayê e rei da cidade de Oyó, localizada na África sudanesa - de onde provêm os povos nagô (keto, ijexá e oyó) e mina-jeje. Também é considerado o caçador por excelência; o arqueiro de uma flecha só - sempre certeira.

A Umbanda, considerada por muitos como fundada em 1908, é expressão do sincretismo ocorrido no Brasil em razão da perseguição religiosa aos cultos africanos. Por reunir elementos africanos, espiritualistas e cristãos, a figura de Oxóssi pode aparecer, muitas vezes, misturada à figura católica de São Sebastião, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e estados do demais centro -sul doBrasil, e São Jorge, no estado da Bahia.

RITOS, SÍMBOLOS E OFERENDAS

Por não ser uma religião codificada, a Umbanda apresenta variação de ritos, símbolos e oferendas. Em geral, considera-se que o dia de Oxóssi é quinta-feira e seu símbolo seria o arco e a flecha em ferro fundidos. As oferendas a Oxóssi naUmbanda - consideradas pela grande maioria de seus seguidores como ritos que potencializam a energia dos Orixás - são de elementos correlatos à do chacra do plexo solar, bem como ao comprimento de onda de cor amarela. Assim, suas oferendas haveriam de se aproximar de tal padrão energético, seja pela cor do elemento, seja por sua composição. Alguns exemplos de oferendas comuns em vários centros e tendas umbandistas: milho cozido; côco em lascas; girassol; rosas brancas; velas brancas e verdes ; cerveja; licor de caju; flores do campo; entre outros. Por ser um orixá caçador, logo os negros o associaram a São Jorge, já que este é representado de armadura matando um dragão.



Sincretismo=Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão de concepções religiosas diferentes ou a influência exercida por uma religião nas práticas de uma outra.

São sebastião respresenta o orixa-oxossi!

Por: Umbanda Ponte Nova

Axé

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E UM ANO NOVO COM MUITO AXÉ...!!!



Quais serão os orixás regentes em 2013? Qual a melhor simpatia para seu ano começar bem? Saiba muitas dicas para iniciar 2013 com sorte!

O ano de 2013 vem trazendo consigo energias muito fortes do odú Obará, odú de número 6; que representa a soma dos números que compõe o ano de 2013 (2+0+1+3=6).

Respondem em Obará os orixás Oxóssi e Xangô, determinando as principais regências deste ano, que tem também Ogum e Oxumarê no comando, pois são regentes da terça-feira; dia em que o ano começa.
Os orixás regentes do ano de 2013
Obrigação para o orixá Ogum dia 23 de Abril

Ogum é o orixá das causas impossíveis

OGUM – A regência de Ogum sempre anuncia vitória; mas são conquistas que chegam depois de várias batalhas vencidas. O ano onde Ogum rege convêm evitar a raiva e os atos impulsivos, que seriam destrutivos para você. Esqueça da força bruta e da violência; procure descarregar sua energia nas atividades físicas.

SIMPATIA PARA OGUM TRAZER PROTEÇÃO E FECHAR O CORPO CONTRA FEITIÇOS: Uma boa simpatia para trazer proteção em 2013 e ter maior sintonia com Ogum é usar logo na passagem do ano (reveillon), um escapulário novo de aço inoxidável com a imagem de São Jorge, comprado para a ocasião; assim poderá utiliza-lo durante todo o ano de 2013 quando precisar de um pouco da poderosa energia de Ogum. Mas antes de utiliza-lo deixe dentro de um pires com água e sal grosso e acenda uma vela a Ogum consagrando seu escapulário. Depois que a vela terminar de queimar poderá usar o escapulário de proteção na noite de reveillon. Participe da Obrigação Anual de Ogum no dia 23 de abril.

Oxóssi é o orixá da caça e da fartura

OXÓSSI - A regência de Oxóssi diz respeito ao uso correto da liberdade e do respeito para com nossos semelhantes e com a natureza em geral. Portanto, a regencia de Oxóssi indica que 2013 será um ano importante para avaliar as suas necessidades e comunicar as suas decisões, sempre procurando ver os dois lados de qualquer questão. Procure não deixar que o medo ou a timidez impeçam os seus passos rumo a realização de seus projetos. Oxóssi indica que a aproximação com os familiares, especialmente irmãos será favorecida neste ano.

SIMPATIA PARA OXÓSSI TRAZER PROSPERIDADE E SAÚDE: No dia 31 de dezembro, confeccione um patuá de proteção e saúde consagrado-o a Oxóssi para proteger você durante todo o ano de 2013. Use um saquinho de couro, napa ou veludo, de preferencia na cor verde. Coloque dentro do saquinho 7 sementes de girassol, 7 grãos de sal grosso, uma moeda pequena de valor atual, 1 búzio aberto e feche o saquinho com fita de seda verde. Acenda uma vela verde a Oxóssi pedindo proteção e saúde durante todo o ano de 2013. Deixe o patuá ao lado da vela para consagra-lo a Oxóssi. Assim que a vela terminar de queimar poderá começar a utilizar este poderoso patuá em algum lugar reservado em sua casa, onde as pessoa não vejam. Saiba mais sobre Amuletos, talismãs e patuás – escudos de proteção espiritual.

Xangô , senhor supremo da justiça

XANGÔ - Qualquer assunto que não tiver seguindo um curso favorável deve agora ser resolvido, mesmo que tenha que seguir por meio da lei e dos tribunais, ou das leis divinas; pois a justiça estará em alta no ano de 2013. Queira apenas o que é justo e você receberá a recompensa. Xangô também nos lembra que a caridade deve estar presente em nossas vidas, aproveite o ano de regência de Xangô para doar a quem precisa.

SIMPATIA PARA XANGÔ GANHAR PROCESSOS NA JUSTIÇA: Na primeira quarta-feira do ano, entregue a Xangô 3 folhas de mostarda, 3 bananas nanicas. Faça a entrega em um jardim, mata ou pedreira e coloque as folhas de mostada formando um pequeno círculo, acima de cada uma distribua as bananas descascadas até a metade e regue tudo com azeite de dendê pedindo com fé para que Xangô traga justiça a sua vida. Acender em volta 3 velas bicolores (vermelha e branca). Saiba mais sobre a ajuda de Xangô nos casos de problemas com a justiça.
Deus da riqueza e da fartura

Oxumarê é simbolizado como cobra e arco-íris

OXUMARÉ - O principal aviso de Oxumaré se refere a inimigos e intrigas, que podem aparecer de modo inesperado no ano de 2013. Fale pouco e não diga palavras desnecessárias para evitar os atritos. Oxumaré rege os ciclos portanto pode esperar um ano cheio de altos e baixos, principalmente nas questões financeiras. Mas é também o ano das apostas em loterias que podem ter sucesso, pois Oxumaré rege as riquezas e o arco-íris que o representa tem ao final um pote de ouro que poderá estar esperando por você.

SIMPATIA PARA OXUMARÉ AFASTAR INIMIGOS – Escreva em um papel sete vezes o nome de seu inimigo e coloque dentro de um saquinho de morim ou veludo preto. Junte ao saquinho um pequeno vidro de azougue e 7 pimentas malaguetas, feche com uma linha grossa preta dando 7 nós. Vá até uma praça ou jardim e cave uma pequena cova e enterre o saquinho. Coloque por cima uma vela branca acesa e peça a Oxumaré que afaste aquele inimigo de seus caminhos. Saiba mais sobre o orixá Oxumaré.


Mãe Wanessa de Oxossi.

Axé

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Feliz Natal...!!!








O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra, e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal. Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.


A Árvore de Natal e o Presépio


Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial nesse período. Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria, paz e esperança.

O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII. As músicas de Natal também fazem parte desta linda festa.


O Papai Noel: origem e tradição


Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

Foi transformado em santo pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele. A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.


A roupa de Papai Noel


Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.


O ato de presentear


A primeira loja especializada em presentes de Natal foi fundada em Paris no ano de 1785, mas a troca de presentes já era um costume popular desde a Roma Antiga. Durante as festas da Saturnália, os romanos ofereciam estatuetas de deuses em argila, mármore, ouro ou prata, de acordo com suas posses. À medida que o império romano cresceu, a troca de presentes foi se tornando cada vez mais difundida e simbólica.

Os presentes de Natal, entretanto, foram uma idéia do papa Bonifácio, no século VII. No dia 25 de dezembro, terminada a missa, os sacerdotes benziam pães e os distribuíam ao povo. Este, no dia 6 de janeiro, dia dos reis Magos, retribuía com presentes.


O nome do Papai Noel em outros países:


Alemanha – Weihnachtsmann, o Homem do Natal


Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai – Papá Noel


Chile – Viejito Pascuero


Dinamarca – Julemanden


França – Père Noël


Itália – Babbo Natale


México - Santa Claus


Holanda – Kerstman, Homem do Natal


Inglaterra – Father Christmas


Suécia – Jultomte


Rússia – Ded Moroz


O Natal é uma das principais festas das religiões cristãs, mas algumas outras religiões ainda mantêm alguma relação com esta data, mesmo que de forma indireta.


No budismo nem sequer é mencionado Cristo. Sua festa mais importante ocorre em maio, quando os devotos rememoram o nascimento e a morte de Buda. Nessa ocasião, dão banhos de chá em uma imagem de elefante com um bebê em cima e depois a colocam em um altar enfeitado.


No hinduísmo, os adeptos reconhecem Cristo como um avatar – encarnação de Vishnu, uma de suas entidades divinas mais importantes. O dia 25 de dezembro é reservado à comemoração da Festa das Luzes. Neste dia, para eles, o nascimento da luz venceu a escuridão.


No islamismo, Cristo é uma espécie de profeta, mas mesmo dando relativa importância à sua figura, os fiéis não possuem uma data especial para comemorar seu nascimento. As duas principais festas da religião são a Eid El-Fitr, celebração do desjejum realizada após o Ramadã, e o Eid El-Adha, que marca o encerramento da peregrinação a Meca.


No judaísmo, os judeus não reconhecem Jesus Cristo como Filho de Deus, portanto, não comemoram seu nascimento. No período do Natal, eles realizam o Chanuká, ou a Festa das Luzes. Ela relembra a reinauguração do Grande Templo de Jerusalém, reconquistado pelos judeus após três anos de guerras. Quando foi retomado, o local estava cheio de imagens pagãs e guardava costumes profanos. Para purificá-lo, foi necessário acender diversas luzes. Por isso, o principal símbolo do Chanuká, que dura oito dias, é a menorá – candelabro judaico. As oito velas que o adornam são acesas, uma a cada dia, durante a festividade.


As testemunhas de Jeová entendem que festas de aniversário são um costume pagão e apesar de prestarem devoção a Cristo, não fazem nenhuma comemoração no dia 25 de dezembro. Eles também preferem negligenciar a data porque não há nada na Bíblia que ateste ser este o dia do nascimento do Messias.


Os espíritas devem lembrar que a data é propícia para as famílias que realizam reuniões de estudos do Evangelho no Lar, e que devem aproveitar a oportunidade de comemorar o Natal, sem os exageros conhecidos, com os demais familiares. Participar da vida social normalmente, até das brincadeiras de amigo secreto, do almoço confraternativo na empresa, porém tendo sempre em mente a condição espírita: o Natal é uma alusão ao nascimento do Cristo e em hipótese alguma os exageros devem fazer parte de suas vidas.


A umbanda encontrou um lugar para Cristo no rol de suas divindades – ele é associado a Oxalá, considerado o maior Orixá de todos. No dia 25 de dezembro, os umbandistas agradecem à entidade que, segundo a sua crença, comanda todas as forças da natureza.


Seja nas crenças cristãs, seja nos credos que não se apóiam na figura de Jesus, o sentido primeiro do Natal está, de certo modo, presente – na essência, todas as religiões celebram a esperança em um mundo constantemente renovado pelo exercício do amor. E mesmo que, ao longo dos séculos, o Natal tenha sido encarado por muitos como uma festa secular, a lembrança do bebê na manjedoura estará sempre viva: a luz que afasta, de vez, a escuridão.


Postado por Templo Xango Baru.


Axé...!!!